A localização privilegiada do santuário dedicado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, no alto do monte de Santa Luzia permite contemplar uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado o 3.º melhor do mundo, segundo a National Geographic (1927)
Procurando a revalorização do monte e das ruínas da Citânia de Santa Luzia, iniciam-se as obras em 1904. Embora muitos defendam a inspiração do projeto de Ventura Terra na Basílica de Sacré Cœur, em Paris, outros contestam uma vez que, à altura do projeto (1899), a igreja parisiense ainda se encontrava pouco construída e sem configuração visível.
Assumindo-se como o ex libris e cartão-de-visita da cidade de Viana do Castelo, este é sem dúvida um local de paragem obrigatória a todos os que visitam a região. Um local mágico que une natureza, história, religião e património inigualável.
Atualmente utilizado como símbolo da cidade de Viana do Castelo, surgiu em Portugal com o culto ao Sagrado Coração de Jesus em finais do século XVIII. Tornou-se património emocional e icónico de Portugal e da arte da filigrana portuguesa e é hoje em dia reconhecido em todo o mundo.
Normalmente, são adornados com motivos vegetalistas e florais, sendo frequente a parte acima do coração representar o fogo, ou em alternativa, redundar num segundo coração, mais pequeno. Adicionando a forma como diferentes fios finos desenham os padrões e são soldados conjuntamente de maneira a criar uma peça muito maior, resulta numa beleza arrebatadora. Nenhuma outra arte de joalharia usa uma técnica de fusão semelhante para juntar fios de ouro. Hoje - como há milhares de anos - os diferentes fios que compõem cada peça unem-se apenas pelo calor, sem recorrer a nenhum outro material ou liga.
É também um dos grandes responsáveis pela beleza e exuberância das "mulheres de Viana", que orgulhosamente o usam ao peito como sinal de bom gosto e bem trajar. A utilização de elegantes peças de ouro em conjunto com diferentes combinações das vestes típicas minhotas continuam a ser tradição das maiores festividades da cidade - Nossa Senhora da Agonia.